quinta-feira, julho 26, 2007

Limites e horizontes


Existe coisa demais no mundo
Existe muita gente
Muitos lugares, muitos sorrisos
Perdidos em milhões de momentos
Que eu posso nunca viver
Ou que eu venha a esquecer
Em cada segundo
Eu vejo mil possibilidades
E tenho mil vontades
E a maioria delas nunca chegará à realidade
Algumas nem ao menos serão compreendidas
Outras são inconfessáveis demais para se pronunciar
E a cada momento
Algo totalmente novo e extraordinário...
Morre
E talvez venha daí a minha eterna dor
Porque cada perda me dói
Arranca de mim uma parte preciosa
Situações que eu nunca vou viver
E o resto de mim intensifica-se na busca por mais

Considero sublime a busca pelo resto do mundo
A incansável busca do além
Ainda quando se sabe que sempre haverá algo mais
Um limite a ser cruzado

Há guerra demais no mundo
Muitos pensamentos opostos
E, às vezes, tudo que eu quero é destruir algo
E me tornar como todo mundo
Quando há energia demais por dentro
É necessário explodir
E tentar por um fim em tudo
Tento fazer isto à minha maneira
Que pode até ser clichê
Abandonar tudo
Enterrar todas as coisas
Vivas ou mortas
Construir algo novo
Ainda que sem destino
Ainda que sem rumo
E tentar fazer algo melhor
Ao desenhar meu próprio futuro
Realizar este desejo praticamente intrínseco à minha pessoa
Que pulsa em mim todos os dias
Que está tatuado na minha pele
Embora somente eu possa ver
Este desejo
Que me manda ir
Somente ir

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